Apresentação

O grupo de gênero se insere na discussão do poder de uma sociedade machista e ter um marco emancipatório para a participação política das mulheres, tendo-as como sujeito. Debatendo o cotidiano, as relações familiares e/ou privadas, às relações institucionais da economia, da política e da cultura e suas dimensões objetivas e subjetivas simultaneamente. Este GT reúne os pontos de cultura que atuam na perspectiva da emancipação feminina, na luta contra a opressão e a violência contra as mulheres e pela afirmação da igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Dicionário reúne frases machistas que dão uma ideia de como o sexo feminino é percebido e expõe patriarcalismo




Notícias dicionario2
Publicado em 17 de setembro de 2013 | por Ana Martins
85 Comentários


Em meio às atuais discussões e gritos contra a sociedade patriarcal e seus resquícios, Salma Ferraz (que é doutora em Literatura Portuguesa, professora associada de Literatura Portuguesa da Universidade Federal de Santa Catarina e autora de mais de vinte livros de crítica literária e ficção) agrupa frases e citações sexistas no livro Dicionário Machista – Três mil anos de frases cretinas contras as mulheres”, que mistura humor e erudição. As declarações que compõem a obra são de escritores, celebridades, pensadores, músicos e anônimos. Entre eles estão: Nietzsche, Machado de Assis, Vinicius de Moraes, Marilyn Monroe e até mesmo Jesus Cristo.
Desta forma, Salma tenta mostrar como a sociedade patriarcal influencia nos pensamentos e na moral tanto de homens, quanto de mulheres através de milênios. “Eu ouvia uma coisa ali, outra aqui, e aí fui juntando tudo e guardando. Achei que reunindo num dicionário as frases poderíamos ter uma ideia mais seletiva de que como e o que os homens pensavam sobre as mulheres e até mesmo e o que as mulheres pensavam sobra elas mesmas”, conta a autora.
Salma afirma que, durante a construção do livro, conseguiu perceber os avanços da sociedade na questão e que, mesmo assim, “a conquista deve ser levada adiante”. Ela deixa claro que o objetivo do livro é expor a estupidez e a irracionalidade das quais o machismo é feito, “deixar registrado isto, para que sigamos em direção a um mundo melhor. Demorou 2 mil anos para que as mulheres conquistassem seu espaço no Ocidente. Sempre digo que a iluminação não tem volta. Temos que caminhar para a frente. Homens não são superiores às mulheres e vice-versa.”, completa.
A autora também não deixa passar o “machismo velado” – que é o mais comum atualmente na sociedade Ocidental – e diz que é necessário ter cuidado para não se deixar cair nesses termos. “Existe ainda um ranço de machismo suave, aquele que transforma a mulher num mero objeto sexual descartável. No Brasil, há outro tipo de escravidão, a da Bunda, na qual a mulher dança com o rosto voltado para a parede. Não importa seu nome, só sua bunda que fica voltada para o público masculino, é o que eu denomino de a hiperbunda midiática”, finaliza de forma cômica.
Algumas citações presentes no livro são:
Chamar uma mulher de galinha é uma ofensa. Coitada da galinha, que vive à disposição do galo, na hora que ele quiser, como uma odalisca num harém. (Carmen Miranda, cantora e atriz)
“Vais ver mulheres? Não esqueças o açoite”. (Nietzsche)
Não digo que toda mulher goste de apanhar; só as normais. (Nelson Rodrigues)
Existem umas feias potáveis. Mas a maioria só serve mesmo para fazer sabão. (Vinicius de Moraes)
Pouquíssimas são as mulheres capazes de abrigar dois conceitos ao mesmo tempo. (Woody Allen)
Professora não é mal paga, é mal casada. (Paulo Maluf)
“Fraqueza, teu nome é mulher”. (Shakespeare, em Hamlet)
“A mulher, quando pensa, pensa mal”. (Publílio Siro)
Não devemos nos esquecer, porém, que o ódio, desprezo ou repulsa à mulher e às características que são associadas a ela, é chamado de “misoginia”. E que o termo “machismo” e suas variações referem-se ao patriarcalismo da América Latina, é um termo, portanto, latino. “A misoginia é um aspecto central do preconceito sexista e ideológico, e, como tal, é uma base importante para a opressão de mulheres em sociedades dominadas pelo homem (patriarcais). A misoginia é manifesta em várias formas diferentes: de piadas, pornografia e violência ao autodesprezo que as mulheres são ensinadas a sentir pelos seus corpos.”, segundo Michael Flood. Olhando por este ponto de vista, é fácil perceber o sexismo nas entrelinhas do nosso cotidiano.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Lei Cultura Viva acaba de ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados


Lei Cultura Viva acaba de ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados!!!! Agora o projeto vai direto para o Senado. Se aprovado, segue para a sanção presidencial!!! 


Esta é uma demanda real da sociedade civil, protagonista do Programa Cultura Viva que foi desenvolvido pelo Ministério da Cultura e engendrou em rede cerca de 4 mil iniciativas culturais. Envolveram em suas atividades cerca de 8 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em pesquisa realizada no ano de 2009.
Assim sendo, a Lei Cultura Viva é mais que a consolidação de um programa, representa uma nova forma de governos se relacionarem e dialogarem com a sociedade. Uma sociedade que há muito tempo já faz, seja diretamente pela cultura ou outros campos da vida, trabalhos em comunidade. E agora quer ser reconhecida em seu protagonismo e em suas formas de autogoverno, mais autonomas e descentralizadas.
Saiba mais:
O que são Pontos de Cultura?
Iniciativas culturais independentes, comunitarias e auto gestionadas em rede, desenvolvidas com autonomia e protagonismo pela sociedade civil
Ponto central da Lei:
Cria mecanismos permanentes - Pontos de Cultura como instrumento do estado- para uma política cultural baseada no reconhecimento e apoio do Estado às manifestações, linguagens e formas de expressão independentes e comunitárias.
Para quem?
Entidades, grupos, coletivos e processos culturais de arte , cultura e comunicação de caráter independente e comunitario, informais e formais
Por que?
Para os coletivos dizerem não somente “o que querem” (ou necessitam), mas “como querem”, e assim recebem meios para essa execução direta; Para estabelecer novas formas de relacionamento entre governos e sociedade. Uma sociedade que há muito tempo já faz e que agora quer ser reconhecida em seu protagonismo e em suas formas de autogoverno.
Como:
Desburocratizando e simplificando o processo de financiamento e prestação de contas de entidades, grupos e coletivos culturais com programas do Estado.
Cadastro Nacional de Pontos de Cultura (a exemplo do currículo Lattes, do CNPQ, ou de cadastro de entidades assistenciais),
Prestação de contas:
Lugar de convênios burocráticos, contratos e prestação de contas por resultados e controle comunitario

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Phillis Wheatley

1753–1784
Phillis Wheatley
Although she was an African slave, Phillis Wheatley was one of the best-known poets in prenineteenth-century America. Pampered in the household of prominent Boston commercialist John Wheatley, lionized in New England and England, with presses in both places publishing her poems, and paraded before the new republic's political leadership and the old empire's aristocracy, Phillis was the abolitionists' illustrative testimony that blacks could be both artistic and intellectual. Her name was a household word among literate colonists and her achievements a catalyst for the fledgling antislavery movement.

Phillis was seized from Senegal/Gambia, West Africa, when she was about seven years old. She was transported to the Boston docks with a shipment of "refugee" slaves, who because of age or physical frailty were unsuited for rigorous labor in the West Indian and Southern colonies, the first ports of call after the Atlantic crossing. In the month of August 1761, "in want of a domestic," Susanna Wheatley, wife of prominent Boston tailor John Wheatley, purchased "a slender, frail female child ... for a trifle" because the captain of the slave ship believed that the waif was terminally ill, and he wanted to gain at least a small profit before she died. A Wheatley relative later reported that the family surmised the girl—who was "of slender frame and evidently suffering from a change of climate," nearly naked, with "no other covering than a quantity of dirty carpet about her"—to be "about seven years old ... from the circumstances of shedding her front teeth."

After discovering the girl's precociousness, the Wheatleys, including their son Nathaniel and their daughter Mary, did not entirely excuse Phillis from her domestic duties but taught her to read and write. Soon she was immersed in the Bible, astronomy, geography, history, British literature (particularly John Milton and Alexander Pope), and the Greek and Latin classics of Vergil, Ovid, Terence, and Homer. In "To the University of Cambridge in New England" (probably the first poem she wrote but not published until 1773) Phillis indicated that despite this exposure, rich and unusual for an American slave, her spirit yearned for the intellectual challenge of a more academic atmosphere.

Although scholars had generally believed that An Elegiac Poem, on the Death of that Celebrated Divine, and Eminent Servant of Jesus Christ, the Reverend and Learned George Whitefield ... (1770) was Wheatley's first published poem, Carl Bridenbaugh revealed in 1969 that thirteen-year-old Phillis—after hearing a miraculous saga of survival at sea—wrote "On Messrs. Hussey and Coffin," a poem which was published on 21 December 1767 in the Newport, Rhode Island, Mercury. But it was the Whitefield elegy that brought Wheatley national renown. Published as a broadside and a pamphlet in Boston, Newport, and Philadelphia, the poem was published with Ebenezer Pemberton's funeral sermon for Whitefield in London in 1771, bringing her international acclaim.

By the time she was eighteen, Phillis had gathered a collection of twenty-eight poems for which she, with the help of Mrs. Wheatley, ran advertisements for subscribers in Boston newspapers in February 1772. When the colonists were apparently unwilling to support literature by an African, she and the Wheatleys turned in frustration to London for a publisher. Phillis had forwarded the Whitefield poem to Selina Hastings, Countess of Huntingdon, to whom Whitefield had been chaplain. A wealthy supporter of evangelical and abolitionist causes, the countess instructed bookseller Archibald Bell to begin correspondence with Phillis in preparation for the book.

Phillis, suffering from a chronic asthma condition and accompanied by Nathaniel, left for London on 8 May 1771. The now-celebrated poetess was welcomed by several dignitaries: abolitionists' patron the Earl of Dartmouth, poet and activist Baron George Lyttleton, Sir Brook Watson (soon to be the Lord Mayor of London), philanthropist John Thorton, and Benjamin Franklin. While Phillis was recrossing the Atlantic to reach Mrs. Wheatley, who, at the summer's end, had become seriously ill, Bell was circulating the first edition of Poems on Various Subjects, Religious and Moral (1773), the first volume of poetry by an American Negro published in modern times.

Poems on Various Subjects revealed that Phillis's favorite poetic form was the couplet, both iambic pentameter and heroic. More than one-third of her canon is composed of elegies, poems on the deaths of noted persons, friends, or even strangers whose loved ones employed the poet. The poems that best demonstrate her abilities and are most often questioned by detractors are those that employ classical themes as well as techniques. In her epyllion "Niobe in Distress for Her Children Slain by Apollo, from Ovid's Metamorphoses , Book VI, and from a "View of the Painting of Mr. Richard Wilson," she not only translates Ovid but adds her own beautiful lines to extend the dramatic imagery. In "To Maecenas" she transforms Horace's ode into a celebration of Christ."

In addition to classical and neoclassical techniques, Wheatley applied biblical symbolism to evangelize and to comment on slavery. For instance, "On Being Brought from Africa to America," the best-known Wheatley poem, chides the Great Awakening audience to remember that Africans must be included in the Christian stream: "Remember, Christians, Negroes, black as Cain, /May be refin'd and join th' angelic train." The remainder of Wheatley's themes can be classified as celebrations of America. She was the first to applaud this nation as glorious "Columbia" and that in a letter to no less than the first president of the United States, George Washington, with whom she had corresponded and whom she was later privileged to meet. Her love of virgin America as well as her religious fervor is further suggested by the names of those colonial leaders who signed the attestation that appeared in some copies of Poems on Various Subjects to authenticate and support her work: Thomas Hutchinson, governor of Massachusetts; John Hancock; Andrew Oliver, lieutenant governor; James Bowdoin; and Reverend Mather Byles. Another fervent Wheatley supporter was Dr. Benjamin Rush, one of the signers of the Declaration of Independence.

Phillis was manumitted some three months before Mrs. Wheatley died on 3 March 1774. Although many British editorials castigated the Wheatleys for keeping Phillis in slavery while presenting her to London as the African genius, the family had provided an ambiguous haven for the poet. Phillis was kept in a servant's place--a respectable arm's length from the Wheatleys' genteel circles--but she had experienced neither slavery's treacherous demands nor the harsh economic exclusions pervasive in a free-black existence. With the death of her benefactor, Phillis slipped toward this tenuous life. Mary Wheatley and her father died in 1778; Nathaniel, who had married and moved to England, died in 1783. Throughout the lean years of the war and the following depression, the assault of these racial realities was more than her sickly body or aesthetic soul could withstand.

On 1 April 1778, despite the skepticism and disapproval of some of her closest friends, Phillis married John Peters, whom she had known for some five years. A free black, Peters evidently aspired to entrepreneurial and professional greatness. He is purported in various historical records to have called himself Dr. Peters, to have practiced law (perhaps as a free-lance advocate for hapless blacks), kept a grocery in Court Street, exchanged trade as a baker and a barber, and applied for a liquor license for a bar. Described by Merle A. Richmond as "a man of very handsome person and manners," who "wore a wig, carried a cane, and quite acted out 'the gentleman,'" Peters was also called "a remarkable specimen of his race, being a fluent writer, a ready speaker." Peters's ambitions cast him as "shiftless," arrogant, and proud in the eyes of some reporters, but as a black man in an era that valued only his brawn, Peters's business acumen was simply not salable. Like many others who scattered throughout the Northeast to avoid the fighting during the Revolutionary War, the Peterses moved temporarily from Boston to Wilmington, Massachusetts, shortly after their marriage.

Merle A. Richmond points out that economic conditions in the colonies during and after the war were harsh, particularly for free blacks, who were unprepared to compete with whites in a stringent job market. These societal factors, rather than any refusal to work on Peters's part, were perhaps most responsible for the newfound poverty that Phillis suffered in Wilmington and Boston, after they later returned there. Between 1779 and 1783, the couple had three children (all of whom died as toddlers), and Peters drifted further into penury, often leaving Phillis to fend for herself and the children by working as a charwoman while he dodged creditors and tried to find employment.

During the first six weeks after their return to Boston, Phillis and the children stayed with one of Mrs. Wheatley's nieces in a bombed-out mansion that was converted to a day school after the war. Peters then moved them into an apartment in a rundown section of Boston, where other Wheatley relatives soon found Phillis sick and destitute. As Margaretta Matilda Odell recalls, "Two of her children were dead, and the third was sick unto death. She was herself suffering for want of attention, for many comforts, and that greatest of all comforts in sickness--cleanliness. She was reduced to a condition too loathsome to describe.... In a filthy apartment, in an obscure part of the metropolis, lay dying the mother, and the wasting child. The woman who had stood honored and respected in the presence of the wise and good ... was numbering the last hours of life in a state of the most abject misery, surrounded by all the emblems of a squalid poverty!"

Yet throughout these lean years, Phillis continued to write and publish her poems and to maintain, though on a much more limited scale, her international correspondence. She also felt that despite the poor economy, her American audience and certainly her evangelical friends would support a second volume of poetry. Between 30 October and 18 December 1779, with at least the partial motive of raising funds for her family, she ran six advertisements soliciting subscribers for "300 pages in Octavo," a volume "Dedicated to the Right Hon. Benjamin Franklin, Esq.: One of the Ambassadors of the United States at the Court of France," that would include thirty-three poems and thirteen letters. As with Poems on Various Subjects, however, the American populace would not support one of its most noted poets. (The first American edition of this book was not published until two years after her death.) During the year of her death (1784), she was able to publish, under the name Phillis Peters, a masterful sixty-four-line poem in a pamphlet entitled Liberty and Peace , which hailed America as "Columbia" victorious over "Britannia Law." Proud of her nation's intense struggle for freedom that, to her, bespoke an eternal spiritual greatness, Phillis ended the poem with a triumphant ring:
Britannia owns her Independent Reign,
Hibernia, Scotia, and the Realms of Spain;
And Great Germania's ample Coast admires
The generous Spirit that Columbia fires.
Auspicious Heaven shall fill with fav'ring Gales,
Where e'er Columbia spreads her swelling Sails:
To every Realm shall Peace her Charms display,
And Heavenly Freedom spread her gold Ray.
On 2 January of that same year, she published An Elegy, Sacred to the Memory of that Great Divine, The Reverend and Learned Dr. Samuel Cooper, just a few days after the death of the Brattle Street church's pastor. And, sadly, in September the "Poetical Essays" section of The Boston Magazine carried "To Mr. and Mrs.________, on the Death of their Infant Son," which probably was a lamentation for the death of one of her own children and which certainly foreshadowed her death three months later."

Phillis Wheatley died, uncared for and alone. As Richmond concludes, with ample evidence, when Phillis expired on 5 December 1784, John Peters was incarcerated, "forced to relieve himself of debt by an imprisonment in the county jail." Their last surviving child died in time to be buried with his mother, and, as Odell recalled, "A grandniece of Phillis' benefactress, passing up Court Street, met the funeral of an adult and a child: a bystander informed her that they were bearing Phillis Wheatley to that silent mansion...."

Recent scholarship shows that Phillis Wheatley wrote perhaps 145 poems (most of which would have been published if the encouragers she begged for had come forth to support the second volume), but this artistic heritage is now lost, probably abandoned during Peters's quest for subsistence after her death. Of the numerous letters she wrote to national and international political and religious leaders, some two dozen notes and letters are extant. As an exhibition of African intelligence, exploitable by members of the enlightenment movement, by evangelical Christians, and by other abolitionists, she was perhaps recognized even more in England and Europe than in America. Early twentieth-century critics of Black American literature were not very kind to Wheatley because of her supposed lack of concern about slavery. Wheatley, however, did have a statement to make about the institution of slavery, and she made it to the most influential segment of eighteenth-century society--the institutional church. Two of the greatest influences on Phillis Wheatley's thought and poetry were the Bible and eighteenth-century evangelical Christianity; but until fairly recently Wheatley's critics did not consider her use of biblical allusion nor its symbolic application as a statement against slavery. She often spoke in explicit biblical language designed to move church members to decisive action. For instance, these bold lines in her poetic eulogy to General David Wooster castigate patriots who confess Christianity yet oppress her people:
But how presumptuous shall we hope to find
Divine acceptance with the Almighty mind
While yet o deed ungenerous they disgrace
And hold in bondage Afric: blameless race
Let virtue reign and then accord our prayers
Be victory ours and generous freedom theirs.


And in an outspoken letter to the Reverend Samson Occom, written after Wheatley was free and published repeatedly in Boston newspapers in 1774, she equates American slaveholding to that of pagan Egypt in ancient times: "Otherwise, perhaps, the Israelites had been less solicitous for their Freedom from Egyptian Slavery: I don't say they would have been contented without it, by no Means, for in every human Breast, God has implanted a Principle, which we call Love of freedom; it is impatient of Oppression, and pants for Deliverance; and by the Leave of our modern Egyptians I will assert that the same Principle lives in us."

In the past ten years, Wheatley scholars have uncovered poems, letters, and more facts about her life and her association with eighteenth-century black abolitionists. They have also charted her notable use of classicism and have explicated the sociological intent of her biblical allusions. All this research and interpretation has proven Wheatley's disdain for the institution of slavery and her use of art to undermine its practice. Before the end of this century the full aesthetic, political, and religious implications of Wheatley's art and even more salient facts about her life and works will surely be known and celebrated by all who study the eighteenth century and by all who revere this woman, a most important poet in the American literary canon.
— Sondra A. O'Neale, Emory University

Bibliography

Books
  • An Elegiac Poem, on the Death of that Celebrated Divine, and Eminent Servant of Jesus Christ, the Reverend and Learned George Whitefield ... (Boston: Printed & sold by Ezekiel Russell & by John Boyles, 1770); republished in Heaven the Residence of Saints, by Ebenezer Pemberton (London: Printed for E. & C. Dilly, 1771).
  • Poems on Various Subjects, Religious and Moral. By Phillis Wheatley, Negro Servant to Mr. John Wheatley of Boston (London: Printed for Archibald Bell & sold in Boston by Cox & Berry, 1773; Philadelphia: Printed by Joseph Crukshank, 1786).
  • An Elegy, Sacred to the Memory of that Great Divine, The Reverend and Learned Dr. Samuel Cooper (Boston: Printed & sold by E. Russell, 1784).
  • Liberty and Peace, A Poem (Boston: Printed by Warden & Russell, 1784).
Collections
  • Life and Works of Phillis Wheatley. Containing Her complete Poetical Works, Numerous Letters and a complete Biography of This Famous Poet of a Century and a Half Ago, edited by G. Herbert Renfro (Washington, D.C.: A. Jenkins, 1916).
  • The Poems of Phillis Wheatley, Edited with an Introduction and Notes, edited by Charlotte Ruth Wright (Philadelphia: The Wrights, 1930).
  • The Poems of Phillis Wheatley, edited by Julian D. Mason, Jr. (Chapel Hill: University of North Carolina Press, 1966).
Letters
  • Charles Deane, ed., Letters of Phillis Wheatley, the Negro-Slave Poet of Boston (Boston: Privately printed, 1864).
  • Carter G. Woodson, ed., The Mind of the Negro as Reflected in Letters Written During the Crisis: 1800-1860 (Washington, D.C., 1926): xvi-xxi.

Further Reading

  • William H. Robinson, Phillis Wheatley: A Bio-Bibliography (Boston: G. K. Hall, 1981).
  • Margaretta Matilda Odell, Memoir and Poems of Phillis Wheatley (Boston: Light, 1834).
  • B. B. Thatcher, Memoir of Phillis Wheatley, A Native African and a Slave (Boston: G. W. Light/New York: Moore & Payne, 1834).
  • Benjamin Griffith Brawley, Note on Wheatley, in Early Negro American Writers: Selections with Biographical and Critical Introductions, edited by Brawley (Chapel Hill: University of North Carolina Press, 1935), pp. 31-55.
  • Brawley, Negro Builders and Heroes (Chapel Hill: University of North Carolina Press, 1937).
  • Shirley Graham, The Story of Phillis Wheatley (New York: J. Messner, 1949).
  • Martha Bacon, Puritan Promenade (Boston: Houghton Mifflin, 1964).
  • Sidney Kaplan, "Phillis Wheatley," in The Black Presence in the Era of the American Revolution, 1770-1800 (Greenwich, Conn.: New York Graphic Society, 1973), pp. 150-170.
  • Merle A. Richmond, Bid the Vassal Soar: Interpretive Essays on the Life and Poetry of Phillis Wheatley (ca. 1753-1784) and George Moses Horton (ca. 1799-1883) (Washington, D.C.: Howard University Press, 1974).
  • Carl Bridenbaugh, "The First Published Poems of Phillis Wheatley," New England Quarterly, 42 (December 1969): 583-584.
  • Charles F. Heartman, Phillis Wheatley: A Critical Attempt and a Bibliography of Her Writings (New York: Printed for the author, 1915).
  • Mukhtar Ali Isani, "The British Reception of Wheatley's Poems on Various Subjects," Journal of Negro History, 66 (Summer 1981): 144-149.
  • Sarah Dunlap Jackson, "Letters of Phillis Wheatley and Susanna Wheatley," Journal of Negro History, 58 (April 1972): 212.
  • Robert C. Kuncio, "Some Unpublished Poems of Phillis Wheatley," New England Quarterly, 43 (June 1970): 287-297.
  • Thomas Oxley, "Survey of Negro Literature," Messenger: World's Greatest Negro Monthly, 60 (February 1927): 37-39.
  • Carole A. Parks, "Phillis Wheatley Comes Home," Black World, 23 (February 1974): 92-97.
  • Benjamin Quarles, "A Phillis Wheatley Letter," Journal of Negro History, 34 (October 1949): 462-466.
  • Gregory Rigsby, "Form and Content in Phillis Wheatley's Elegies," CLA Journal, 19 (December 1975): 248-257.
  • Rigsby, "Phillis Wheatley's Craft as Reflected in Her Revised Elegies," Journal of Negro Education, 47 (Fall 1978): 402-413.
  • William H. Robinson, Phillis Wheatley in the Black American Beginnings (Detroit: Broadside Press, 1975).
  • Robinson, "Phillis Wheatley in London," CLA Journal, 21 (December 1977): 187-201.
  • Robinson, ed., Critical Essays on Phillis Wheatley (Boston: G. K. Hall, 1982).
  • Charles Scruggs, "Phillis Wheatley and the Poetical Legacy of Eighteenth Century England," Studies in Eighteenth Century Culture, 10 (1981): 279-295.
  • John C. Shields, "Phillis Wheatley and Mather Byles: A Study in Literary Relationship," CLA Journal, 23 (June 1980): 391-398.
  • Shields, "Phillis Wheatley's Use of Classicism," American Literature, 52 (March 1980): 97-111.
  • Kenneth Silverman, "Four New Letters by Phillis Wheatley," Early American Literature, 8 (Winter 1974): 257-271.
  • Albertha Sistrunk, "Phillis Wheatley: An Eighteenth-Century Black American Poet Revisited," CLA Journal, 23 (June 1980): 391-398.
  • Original manuscripts, letters, and first editions are in collections at the Boston Public Library; Duke University Library; Massachusetts Historical Society; Historical Society of Pennsylvania; Library Company of Philadelphia; American Antiquarian Society; Houghton Library, Harvard University; The Schomburg Collection, New York City; Churchill College, Cambridge; The Scottish Record Office, Edinburgh; Dartmouth College Library; William Salt Library, Staffordshire, England; Cheshunt Foundation, Cambridge University; British Library, London.
  • 9º Encontro Internacional da MMM

    Vamos pra rua! Manifestação Feminismo em Marcha para Mudar o Mundo, 31 de agosto, em São Paulo

    Manifestação MMMNo dia 31 de agosto, mulheres de todo o mundo estarão nas ruas de São Paulo para reafirmar o feminismo como um projeto para mudar o mundo e nossas vidas! Estamos em marcha para transformar a sociedade! Queremos acabar com o machismo e o capitalismo, que também é racista, lesbofóbico e depredador da natureza. Afirmamos […]

    Cultura feminista no Encontro Internacional da MMM: participe!

    chamadoculturaEstamos a mil na organização do 9° Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. A Comissão de Cultura tem trabalhado para elaborar uma proposta artística cultural que lide com a diversidade, que promova reflexões sobre a cultura na nossa prática militante e, ao mesmo tempo, esteja coordenada com os conteúdos debatidos. Para que toda nossa […]

    Inscreva-se aqui para o 9º Encontro Internacional da MMM

    logoencontroMMMFeminismo em marcha para mudar o mundo! 25 a 31 de agosto de 2013 – Memorial da América Latina São Paulo Entre os dias 25 e 31 de agosto de 2013, o Brasil sedia pela primeira vez um Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. O Encontro vai reunir ativistas feministas dos cinco continentes do […]

    quinta-feira, 1 de agosto de 2013

    Salve o ponto de cultura

    Você se apropriou 
    Da nossa identidade 
    Você nos expulsou 
    Do centro da cidade 
    Você não publicou 
    aquela entrevista 
    Você não revelou que sou protagonista

    Só porque você tem poder
    Acha que vai nos convencer
    Estamos prontos pra valer
    A nossa força é o saber

    Tem hip-hop na comunidade
    Tem grafiteiro com dignidade
    O teatro é realidade
    Também tem literatura
    Dançadeira a sua vaidade
    Capoeira toda liberdade
    A bandeira da sinceridade
    Salve o ponto de cultura
    https://www.youtube.com/watch?v=sZ5qDBs_VtA
     


    --
    Sttela Cabral

    terça-feira, 21 de maio de 2013

    II TEIA Estadual São Paulo 2013 “Cultura Sempre Viva”


    A TEIA é um grande Encontro que reunirá a diversidade cultural do Estado de São Paulo, com a participação de aproximadamente 700 Pontos de Cultura conveniados com as Redes do MinC, a Rede Estadual e as Redes Municipais, no período de 25 a 28 de julho de 2013, na Capital-SP
    Os objetivos da TEIA são a troca de saberes e fazeres, o fortalecimento dos Marcos Legais do Programa Cultura Viva e das políticas públicas de cultura, o fomento das redes de relacionamento e articulação institucional entre os Pontos, sociedade e governos.
    *A sua presença é fundamental no III Fórum de Pontos de Cultura para a discussão de políticas públicas e do Programa Cultura Viva. 
    *As despesas de alimentação, hospedagem e transporte serão todas custeadas.
    *As inscrições e os critérios para o III Fórum de Pontos de Cultura, a Feira de Economia Solidária, os Workshops , a Cobertura Colaborativa, a Exposição de Artes e a Mostra Artística estão abertas até o dia 22 de maio de 2013, fiquem atentos!
    *Os Pontos de Cultura poderão apresentar inscrições para mais de uma ação, mas apenas uma será contemplada. 
    *As apresentações selecionados para Mostra Artística, Exposição de Artes e Workshop receberão cachê artístico 

    *Para poder participar da seleção da Mostra Artística, Exposição de Artes e Workshop a inscrição no III Fórum de Pontos de Cultura é obrigatória
    As ações propostas são:
    III Fórum de Pontos de Cultura: encontro dos representantes dos Pontos de Cultura para debates, discussões e deliberações. Inscrição Fórum Link
    Feira de Economia Solidária: espaço para divulgar e comercializar produtos dos Pontos de Cultura;     Inscrição Feira de Economia Solidária
    Workshop: espaço para a difusão dos saberes e fazeres dos Pontos de Cultura destinados à sociedade; Inscrição Workshop Link
    Exposição: divulgação dos trabalhos, ações e produtos dos Pontos de Cultura;  Inscrição Exposição de artes Link
    Mostra Artística: difusão e circulação das produções artísticas e culturais dos Pontos de Cultura; Inscrição Mostra Artística Link  
    Cobertura Colaborativa: comunicação compartilhada com objetivo de registrar e divulgar o evento em todos os segmentos das mídias Inscrição Cobertura Colaborativa Link


    Imagem inline 1

    Equipe de Comunicação TEIA Estadual São Paulo 2013



    Sttela Cabral

    CNPdC-GT Legislação
    Setorial Nacional Arte Digital-Região Sudeste
    Pontão Setecidades
    Rede Pontos de Cultura de Diadema/SP
    +
    55(11) 9-6483-2347 - VIVO
    +55(11) 4072-9332 - Pontão Setecidades

    http://twitter.com/stelafeminista
    http://twitter.com/leiculturaviva
    http://culturadigital.br/leiculturaviva

    segunda-feira, 15 de abril de 2013

    Biblioteca Itinerante Barca das Letras, o palhaço Ribeirinho e a Cultura Viva das comunidades ribeirinhas da Amazônia até La Paz(Bolívia)


     
    Querid@ amig@, preciso da sua colaboração financeira(R$) para levar a nossa Biblioteca Itinerante Barca das Letras, o palhaço Ribeirinho e a Cultura Viva das comunidades ribeirinhas da Amazônia até La Paz(Bolívia), para participar do I Congresso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitária, que ocorrerá de 17 a 22 de maio de 2013.
     
     
    Estamos utilizando o sistema de financiamento coletivo(crowdfundig) por meio do site alteridade(http://alteridade.com/) do amigo e idealizador dos Pontos de Cultura, o Celio Turino. Funciona assim, para cada contribuição financeira que você dá(R$30,00 ou R$100,00 ou R$300,00 ou R$800,00 ou R$1.500,00), você receberá uma recompensa, caso a meta de R$6.000,00 seja alcançada nos próximos 20 dias. Não conseguindo atingir, sua contribuição será devolvida integralmente.

    Então vamos lá, conto muito com todos vocês que já participaram ou participam fazendo doações de livros; como voluntários; recebendo ações da Barca das Letras em seu município; que curtem e sempre compartilham com os amigos as ações da Biblioteca Itinerante Barca das Letras, por um mundo melhor, mais humano, justo e solidário, com muita leitura e cultura viva para tod@s, da Amazônia à La Paz!!!
     
    Assista o vídeo-explicativo e contribua:
     
     
    Mui grato antecipadamente pela sua gentileza!!!


    abraços fraternos,


    Jonas Banhos



    (61) 8167 1254 - Tim Brasília

    IV Vigília pelo Estado Laico

    IV Vigília pelo Estado Laico e contra a presidência de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos.

    Levar velas, garrafas PET, instrumentos musicais, amig@s e alegrias.

    OBS: em caso de chuva, nos concentraremos na "chapelaria" do Congresso.

    Mulheres evangélicas sofrem violência doméstica


    Violência contra as mulheres evangélicas, até entre os Crentes elas apanham.

    Sobre a violência contra as mulheres evangélicas, vídeo esclarece que quase 50% por cento de mulheres evangélicas podem sofrer alguns tipos de violência , e se uma fiel procura o pastor evangélico e denunciar os maus trato e violência que sofreu do seu marido quer crente ou não contra a irmã, o conselho do mesmo é de aconselhar a irmã ir a justiça, ele pode ser denunciado por vamos dizer conivência daquela situação o pastor tem que ser um guardião da família cristã, os crentes violentos tem que ser denunciado e comer bandéco na cadeia, pois não pratica os costumes dos filhos de Deus veja a entrevista da presidenta evangélica!
    Naiá Duarte, idealizadora Instituto Mulher Viva, que trata de mulheres que sofrem violência doméstica no meio evangélico, é entrevistada por Vanessa Martins. Ela traz alguns dados alarmantes como 60% das mulheres violentadas serem evangélicas, ao mesmo tempo que explica o projeto da Aliança Cristã Evangelística Brasileira para tentar mudar tal número.
    Com informação da  Melodia e  Instituto Mulher Viva.
    Do Afrokut

    "Sexo e o mercado Que é o amor tem a ver com isso? "


    "Sexo eo mercado
    Que é o amor tem a ver com isso? "
    IX IASSCS CONFERÊNCIA
     
    Temos a honra de ter recebido mais de 600 submissões abstratas e quase 300 aplicações de bolsas de todo o mundo! Notificações sobre esses pedidos serão enviados até o final de maio.
    Enquanto isso, nós gostaríamos de compartilhar com vocês várias atualizações para a Conferência IASSCS:
    Palestrantes
    Entre os principais oradores são confirmadas! Nós estamos contentes de anunciar a participação de importantes pesquisadores, ativistas, políticos na Conferência IASSCS IX. Sua participação irá contribuir significativamente para as nossas discussões sobre a mercantilização das relações sociais e sexuais, em dimensões tanto sexual / erótico e emocional. Para mais informações, vá para o PROGRAMA seção do site.

    Informações sobre viagens e vistos para a Argentina
    Saiba quais os países que não necessitam de visto para entrar na Argentina. Você também encontrará informações sobre a taxa de reciprocidade para os EUA, os cidadãos australianos ou canadenses, bem como informações de viagem atualizado. Por favor, vá ao INFORMAÇÕES TURÍSTICAS seção do site para mais informações.

    IASSCS Pós-Conferência de Clientes Docentes Formação
    Nós estamos contentes de anunciar os palestrantes convidados para IASSCS Formação Pós-Conferência. Por favor, lembre-se que o prazo para aplicação do PCT é devido no dia 15 de maio. Por favor, vá para a formação pós-CONFERÊNCIA seção do site para mais informações.

    Apresentações especiais
    IASSCS oferece outras oportunidades para participar na conferência, especialmente para aqueles interessados ​​nas áreas de advocacia relacionados. O Programa IASSCS encoraja ativistas e defensores de propor e participar de apresentações especiais, sessões de workshops e reuniões de satélite. Para mais informações sobre a descrição, diretrizes e prazos para a apresentação de propostas, por favor, vá para o PROGRAMA seção do site.

    Sobre as taxas de inscrição As taxas de inscrição para a Conferência IASSCS IX estão disponíveis na inscrição na conferência seção do site da conferência. Tenha em mente que o registro on-line abre 20 abril de 2013.
    Por favor, lembre-se sempre de que todos os usuários terão que criar um perfil conferência ¨ ¨ (no caso de você não tê-lo criado antes, aqueles que apresentaram resumos ou aplicações bolsistas provavelmente criaram perfis já). O perfil de conferência é a única porta através da qual os usuários poderão se inscrever para a conferência IASSCS. Para criar um perfil, por favor, vá para:
    http://www.iasscs.org/profile/public/

    Nosso site www.iasscs.org/2013conference inclui informações detalhadas sobre a Conferência, seus principais temas, ea IASSCS Curso de Formação Pós-Conferência de Pesquisa em Sexualidade.

    Não se esqueça de visitar este website ou a nossa página no Facebook para ficar atualizado!
    https://www.facebook.com/iasscs

    Estamos ansiosos para vê-lo em Buenos Aires, Argentina, em agosto!
    Comissão Organizadora
    IX Conferência IASSCS
    2013conference@iasscs.org
    Informação Legal: Este endereço de e-mail tem sido um enviar para você como assinante do IASSCS lista. Se você não quiser continuar a receber informações envie-nos um e-mail para: 2013conference@iasscs.org . IASSCS não será responsável pela transmissão incorreta ou incompleta de informações contidas neste e-mail ou por qualquer atraso atingindo em sua caixa de entrada ou danos em seu sistema.
    Aviso Legal: Este e-mail ha Sido enviar uma usted Como suscriptor de la Lista de correo IASSCS. Si não desea Agustinianos recibiendo información mándenos un correo electrónico a: 2013conference@iasscs.org . IASSCS não sera responsável por la Transmisión incorrecta o incompleta de la información en contenida Este e-mail o POR cualquier demora en la llegada a su Bandeja de Entrada o Danos en su Sistema.
     

    quinta-feira, 4 de abril de 2013

    Biblioteca Feminista: centenas de textos gratuitos para download Camila Garófalo em 31 de março de 2013

    Feminismo não é contrário de machismo. No Brasil, o movimento feminista luta para que não seja mal interpretado, afinal, machismo sugere a superioridade do homem sobre a mulher enquanto feminismo almeja a igualdade entre os dois sexos.
    Para esclarecer essas e outras questões, a Biblioteca Feminista apresenta um universo vasto sobre Democracria e Participação, Direitos Humanos, Igualdade Racial, Legislação, Normas Jurídicas e outras Publicações da Articulação de Mulheres Brasileiras para download gratuito.
    A biblioteca é parte da Universidade Livre Feminista e tem como intuito de apoiar seus cursos. Fazem parte do acervo as leituras complementares que lá forem citadas e que estiverem disponíveis na forma digital sem restrições de direitos autorais.

    segunda-feira, 25 de março de 2013

    Ombro a ombro com as mais ardorosas combatentes do sexismo e do machismo, ela jamais deixou de pautar, entre as reivindicações prioritárias, o combate ao racismo


    Por: OSWALDO FAUSTINO
    i375239
    Muito cedo, a antropóloga, educadora e feminista mineira, Lélia Gonzales aprendeu que, na luta dos movimentos sociais, também existem castas e hierarquias. Por isso, questões específicas como as das mulheres negras, eram subestimadas em favor do chamado "interesse maior". Assim como ocorria nas fotografias da liderança do Movimento Feminista, com as militantes negras, suas reivindicações também eram mantidas na segunda ou na terceira fila. A fidelidade às causas que abraçou - em especial a do feminismo e das relações raciais - foi a principal marca dessa ativista que, em 19 de julho de 1994, aos 59 anos, se transformou em ancestral. Mineira, nascida Lélia Almeida, em Belo Horizonte, ainda criança, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde foram viver na favela do Morro do Pinto, no Santo Cristo, junto ao Leblon. A proximidade com o Clube de Regatas Flamengo deu a um dos irmãos mais velhos, Jaime de Almeida, a oportunidade de se tornar jogador de futebol desse time e posteriormente seu técnico. Não é à toa que, flamenguista roxa, tinha o futebol como um de seus grandes prazeres. Era a penúltima dos 18 filhos e filhas do ferroviário negro Acácio Joaquim de Almeida, com a índia Urcinda Seraphina de Almeida.
    Um exílio após o outro
    Ser retirado de suas antigas moradias, mesmo que precárias, e empurrados para locais menos valorizados, é sina da população negra nos grandes centros urbanos. Das áreas centrais, consideradas nobres, para os morros e, desses, para as periferias e subúrbios, como a Baixada Fluminense. Com a família Almeida não foi diferente: do Morro do Pinto direto para o subúrbio de Ricardo de Albuquerque, loteamento das antigas terras do Engenho Nossa Senhora de Nazaré.
    Muito tempo depois, na obra Lugar de Negro, que lançou em 1982, com Carlos Hasenbalg, pela editora Marco zero, Lélia escreveu: "O lugar natural do grupo branco dominante são moradias amplas, espaçosas, situadas nos mais belos recantos da cidade ou do campo e devidamente protegidas por diferentes tipos de policiamento: desde os antigos feitores, capitães do mato, capangas, etc., até a polícia formalmente constituída. Desde a casa grande e do sobrado, aos belos edifícios e residências atuais, o critério tem sido sempre o mesmo. Já o lugar natural do negro é o oposto, evidentemente: da senzala às favelas, cortiços, porões, invasões, alagados e conjuntos habitacionais, cujos modelos são os guetos dos países desenvolvidos dos dias de hoje. O critério também tem sido simetricamente o mesmo: a divisão racial do espaço."
    As constatações de opressão e exclusão de seu povo não fizeram dela uma pessoa amarga. Ao contrário. Com seu riso franco, aberto e fácil, buscava o colorido de nossa cultura, o que a levou a escrever Festas Populares no Brasil, lançado pela Editora Index, em 1987, e premiado na Feira Internacional do Livro, de Leipzig, Alemanha, entre as obras que compõem "os mais belos livros do mundo".
    Formação e militância
    A distância e a precariedade dos trens da Central do Brasil não foram impedimento para a menina Lélia estudar. Tampouco de se destacar entre os alunos do tradicional Colégio Pedro II. Posteriormente, graduou-se em História, Geografia e Filosofia. Fez mestrado em comunicação e doutorado em antropologia. Já adotara o sobrenome Gozales - por meio do casamento - quando atuava como assistente no curso de Filosofia, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Dali para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi um pulo. Sua simpatia pelos pensamentos de esquerda tornou-se irrelevante, diante dos seus conhecimentos, da capacidade intelectual e da comunicabilidade que motivaram o convite para ministrar cursos no Centro de Estudos de Pessoal, do Exército Brasileiro. Tudo isso em plena ditadura militar.
    Muito tempo antes de se imaginar que, um dia, um presidente da república brasileira assinaria a Lei 10.639/03, que modificaria a Lei de Diretrizes e Base do ensino, no país, Lélia já combatia, em sala de aula, a opressão e exclusão de nosso povo. Aprofundava-se nos escritos de grandes pensadores negros daqui, dos Estados Unidos e da África; na história de civilizações africanas e de suas lideranças, nos conhecimentos mais elementares da cultura afro-brasileira. Assim, modificava os paradigmas no imaginário de seus alunos e fortalecia as bases da militância do movimento negro contemporâneo, no período de sua eclosão, na década de 1970.
    "MUITO TEMPO ANTES DE SE IMAGINAR QUE, UM DIA, UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA BRASILEIRA ASSINARIA A LEI 10.639/03, QUE MODIFICARIA A LEI DE DIRETRIZES E BASE DO ENSINO, NO PAÍS, LÉLIA JÁ COMBATIA, EM SALA DE AULA, A OPRESSÃO E EXCLUSÃO DE NOSSO POVO".
    Onde o povo está
    Enquanto alguns de nossos intelectuais se afastam do povo para vivenciar o glamour e a badalação dos "bem-nascidos" e do universo acadêmico, como uma verdadeira griô, fiel à tradição da oralidade africana, Lélia compartilhava com seu povo histórias que valorizavam nossas origens e produção cultural. Mesmo sendo professora e chefe do Departamento de Sociologia, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, tinha certeza de onde e com quem queria atuar. Numa entrevista à Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficos (SEAF) afirmou: "Fiz um tipo de escolha, que foi a militância de rua, participando de organizações negras, de seminários. Na medida em que nós, os intelectuais negros orgânicos, somos tão poucos, realmente existe um grande leque de atividades para poder responder às exigências que nos são colocadas." Porém, não fugia da raia e ocupava os espaços com sua sabedoria, por exemplo, com o pioneiro curso Cultura Negra no Brasil, que ministrou, por dois anos, na Escola de Artes Visuais, do Parque Lage, escola carioca considerada de elite.
    Integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, não abandonou, em momento algum, as demais demandas urgentes como a dos afro-brasileiros e dos homossexuais, que constavam em sua plataforma de campanhas para deputada federal, em 1982, pelo PT, e de deputada estadual, em 1986, pelo PDT. Em ambos, ficou como suplente. Porém foi vitoriosa no campo da criação coletiva de organizações, entre elas, o Movimento Negro Unificado, a Escola de Samba do Quilombo, o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), o Nzinga Coletivo de Mulheres Negras, no Rio de Janeiro; e o Olodum, na Bahia. Seu nome se perpetua em algumas instituições como o Instituto de Educação, Arte e Estudos Afro-Brasileiros Lélia Gonzalez.
    Por meio da publicação de suas palestras e de debates dos quais participou, foi se cunhando o termo amefricanidade, que se baseia nas experiências diaspóricas, ou seja, a dos descendentes de africanos não só no Brasil, mas em todas as Américas. Ao ler Lélia Gonzales, se tem a certeza de que as diferenças culturais de nossa gente, do lado de cá do Atlântico, são minúsculas, diante de tudo o que temos em comum.


    Fonte: Raça

    Uma em cada quatro mulheres sofre violência no parto

    Andrea Dip - Agência Pública 25.03.2013 - 14h14 | Atualizado em 25.03.2013 - 16h17

    As agressões mais comuns, segundo estudo, são gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou informação, falta de analgesia e até negligência (Foto: Agência Pública)
    O conceito internacional de violência obstétrica define qualquer ato ou intervenção direcionado à mulher grávida, parturiente ou puérpera (que deu à luz recentemente), ou ao seu bebê, praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher e/ou em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos, opções e preferências. A pesquisa “Mulheres brasileiras e Gênero nos espaços público e privado”, divulgada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, mostrou que uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto. As mais comuns, segundo o estudo, são gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou informação, falta de analgesia e até negligência.

    Mas há outros tipos, diretos ou sutis, como explica a obstetriz e ativista pelo parto humanizado Ana Cristina Duarte: “impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de sua preferência, tratar uma mulher em trabalho de parto de forma agressiva, não empática, grosseira, zombeteira, ou de qualquer forma que a faça se sentir mal pelo tratamento recebido, tratar a mulher de forma inferior, dando-lhe comandos e nomes infantilizados e diminutivos, submeter a mulher a procedimentos dolorosos desnecessários ou humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição ginecológica com portas abertas, submeter a mulher a mais de um exame de toque, especialmente por mais de um profissional, dar hormônios para tornar o parto mais rápido, fazer episiotomia sem consentimento”.




    “A lista é imensa e muitas nem sabem que podem chamar isso de violência. Se você perguntar se as mulheres já passaram por ao menos uma destas situações, “A lista é imensa e muitas nem sabem que podem chamar isso de violência. Se você perguntar se as mulheres já passaram por ao menos uma destas situações, provavelmente chegará a 100% dos partos no Brasil” diz Ana Cristina, que faz parte de um grupo cada vez maior de mulheres que, principalmente através de blogs e redes sociais, têm lutado para denunciar a violência obstétrica tão rotineira e banalizada nos aparelhos de saúde. “Algumas mulheres até entendem como violência, mas a palavra é mais associada a violência urbana, fisica, sexual” diz a psicóloga Janaína Marques de Aguiar, autora da tese “Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero” que entrevistou puérperas (com até três meses de parto) e profissionais de maternidades públicas de São Paulo. “Quando a gente fala em violência na saúde, isso fica dificil de ser visualizado. Porque há um senso comum de que as mulheres podem ser maltratadas, principalmente em maternidades públicas” acredita. E dá alguns exemplos: “Duas profissionais relataram, uma médica e uma enfermeira, que um colega na hora de fazer um exame de toque em uma paciente, fazia brincadeiras como ‘duvido que você reclame do seu marido’ e ‘Não está gostoso?”provavelmente chegará a 100% dos partos no Brasil” diz Ana Cristina, que faz parte de um grupo cada vez maior de mulheres que, principalmente através de blogs e redes sociais, têm lutado para denunciar a violência obstétrica tão rotineira e banalizada nos aparelhos de saúde.
    “Algumas mulheres até entendem como violência, mas a palavra é mais associada a violência urbana, fisica, sexual” diz a psicóloga Janaína Marques de Aguiar, autora da tese “Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero” que entrevistou puérperas (com até três meses de parto) e profissionais de maternidades públicas de São Paulo. “Quando a gente fala em violência na saúde, isso fica dificil de ser visualizado. Porque há um senso comum de que as mulheres podem ser maltratadas, principalmente em maternidades públicas” acredita. E dá alguns exemplos: “Duas profissionais relataram, uma médica e uma enfermeira, que um colega na hora de fazer um exame de toque em uma paciente, fazia brincadeiras como ‘duvido que você reclame do seu marido’ e ‘Não está gostoso?”


    Leia também:
    Teste mostra que 51% das mulheres ficou insatisfeita com o parto

    Leia o relato de uma mulher que sofreu violência durante o parto
    Direitos legais são desrespeitados nas maternidades
    Mapa da Violência obstétrica: denúncias pela internet

    debate

    terça-feira, 19 de março de 2013

    Como abordar mulheres sem ser nojento

    Texto de Madeleine Davies. Tradução de Iara Paiva.
    Originalmente publicado com o título: How to Talk to a Woman Without Being a Creep, no site americano Jezebel.com
    _____
    Com mais e mais mulheres falando abertamente sobre assédio nas ruas, um homem hétero pode ficar um pouco confuso sobre como se aproximar de uma mulher em um local público. “Quer dizer que as mulheres não gostam quando eu tiro seus fones de ouvido no metrô?” ele poderia perguntar. “E se eu ficar muito perto? Elas também não gostam? Não se pode nem falar com ninguém sem ser rotulado como predador sexual mais! Dane-se o Feminismo!”
    Se você se comporta desse jeito, então sim. Você é um idiota e provavelmente não deveria falar com ninguém. Nunca mais. Mas vamos supor que você é apenas um cara legal que ainda não consegue entender a melhor maneira de falar com uma mulher desconhecida em um espaço público. É ok ter dúvidas. Namoro e paquera são, em geral, coisas difíceis de fazer e ainda mais complicadas quando você toma a iniciativa e se apresenta para alguém do nada. Mas adivinhem? É possível aproximar-se de uma mulher de uma forma respeitosa e lisonjeira, sem ofendê-la ou assustá-la com a possibilidade de você ser um tarado no metrô.
    Quando a melhor abordagem não é óbvia, nem sempre é fácil de discernir o que é bom e o que não é. Pelo bem das relações humanas, aqui está um guia prático sobre como abordar uma mulher em várias situações.
    Na rua
    Vamos começar com o mais difícil. Digamos que você vê uma menina na rua que se parece exatamente com Amy Pond de Doctor Who [N.T. se você não a conhece, preencha com a moça bonita e cult de sua preferência] ou que está vestindo uma camiseta da sua banda de hardcore obscura dos anos 80 preferida. Você quer dizer “oi!”, claro, mas, primeiro tente descobrir se ela quer dizer “olá” para você ou para qualquer outra pessoa. Você pode achar impossível saber isso, mas as mulheres são seres humanos e, assim como outros seres humanos, mostram sinais quando querem ficar sozinhas. Ela está andando rápido? Não está fazendo contato visual com ninguém? Ela está prestando atenção na calçada ou no celular? Se a resposta for sim, então talvez você deva deixá-la ir, ela provavelmente não quer ser incomodada e você deve respeitá-la. Lembre-se, as únicas pessoas que te devem uma conversa são, na melhor das hipóteses, seu terapeuta ou seu advogado.
    E se ela não esta caminhando rápido na direção oposta ou deliberadamente evitando olhar para as pessoas na rua? Então talvez não haja problema em aproximar-se (lembre-se, diferentes pessoas reagem às coisas de maneiras diferentes). O mais importante, como é o caso quando se aborda qualquer pessoa, é tratá-la como uma pessoa. Não faça sons de beijo para ela como se fosse um cachorro (nós mulheres geralmente odiamos isso), não imite o som que você acha que o bumbum dela faz quando anda (um “oi” é muito mais eficaz do que “badoombadoombadoom”) e não diga que ela seria mais bonita se sorrisse. Ela sabe a cara que está fazendo e não quer ninguém dizendo que ela deveria mudá-la.
    Considerando isso, se aproximar de alguém na rua é complicado. Provavelmente você será dispensado, esteja preparado. Você interrompeu o dia de alguém, pura e simplesmente, então se responderem negativamente, a única coisa que você pode fazer é desculpar-se por incomodar (e fazê-lo rapidamente, sem ser dramático ou criar caso) e educadamente sair de seu caminho tão depressa quanto possível.
    Além disso tudo, está escuro na rua? Se estiver, melhor nem tentar.
    Em um café
    Mais uma vez, preste atenção no que ela está fazendo. Ela está estudando? Digitando apressadamente em seu computador? Se estiver, ela é uma moça com um prazo a cumprir e, interrompendo-a, você corre o risco de ser um idiota. Se você não desistiu, então, o mais importante a fazer é não constrangê-la ou deixá-la desconfortável a ponto de sentir que precisa ir embora. Tente pegar uma mesa que não esteja diretamente em seu campo de visão, desta forma ela não vai precisar desviar o olhar para baixo caso dispense você. Tente se aproximar dela como se estivesse de saída, peça desculpas por interrompê-la (na verdade, a maioria das pessoas não se importa de ser incomodada se você, educadamente, reconhecer a possibilidade de que pode estar incomodando) e dê seu recado com gentileza e confiança. Se ela aceitar, ótimo! Daqui há alguns meses você pode estar discutindo sobre lugares à mesa para o seu casamento indie ou organizando um swingue na casa nova de vocês. Se ela disser que não, gentilmente responda com um “Ok, legal. Só pensei em perguntar.” E, em seguida, deixe-a sozinha.
    Se é um lugar que ambos frequentam, muito melhor. Comece dizendo “oi”, aumente para um “tudo bom?” e estabeleça um relacionamento. Dessa forma, quando você convidá-la pra sair, ela vai ser muito mais inclinada a pensar em você como o cara legal do café, e não como o esquisito que sempre tenta interrompê-la enquanto ela lê “A Visita Cruel do Tempo”. Claro, ela ainda pode dizer não e, a menos que ela diga explicitamente o quanto quer sair contigo, batendo uma punheta para você no banheiro enquanto conversam, você tem que desencanar. E lembre-se: ela não é uma vaca. Ela apenas não está interessada.
    No transporte público
    Lembre-se que as mulheres lidam com o assédio sexual no transporte público o tempo todo. A maioria de nós fica muito atenta quando pega o trem ou ônibus, já que existe uma possibilidade maior de lidar com alguma merda. Não estamos sendo paranóicas ou defensivas quando não queremos falar com você. Estamos lembrando de ontem mesmo, quando alguém literalmente esfregou seu pau nu em nós (ah, segundas-feiras!). É fácil ficar na defensiva e dizer: “Bem, eu nunca faria isso”, mas tente se lembrar de que a maioria de nós não é vidente e não temos idéia do que você faria ou não. Meu ponto é que, se você está cantando meninas no metrô, espere levar um fora. A maioria de nós não gostaria de ser convidada pra sair estando em espaço fechado que é muitas vezes usado como banheiro. Uma vez  um homem no trem comeu um frango inteiro, de luvas, sem tirar os olhos de mim. O transporte público não é um espaço seguro.
    Foto de Ed Yourdon no Flickr em Creative Commons - Alguns direitos reservados.
    Foto de Ed Yourdon em Flickr de Creative Commons – Alguns direitos reservados.
    Mas talvez você viu a mulher dos seus sonhos e quer continuar assim mesmo. Se ela te olhar, educadamente sorria para ela. Ela sorri – e não um sorriso protocolar – de volta para você? Ela mantém abertamente o contato visual com você também? Como eu disse antes, as mulheres são pessoas. Se nós gostamos do que vemos, podemos enviar sinais por nós mesmas (geralmente piscamos muito e lambemos os lábios excessivamente, mas dizem que somos mais tímidas que isso).
    Então, você decide ir enfrente e falar com ela. Tente elogiando em algo que não seja físico ou sexual. É mais fácil do que você pensa: “tênis incrível.” Ou: “Isso é uma bolsa-carteiro antiga? Eu estou querendo uma, mas estou preocupado se as alças não vão machucar meus ombros.” (Se ela te deixar experimentar a bolsa, considere fugir com ela. Só porque você não é um pervertido, não significa que você não pode ser um ladrão). Se ela parece aberta à conversar, bata papo amigável e tranquilamente. Se ela não der abertura, sorria educadamente – mais uma vez, educadamente – e deixe-a sozinha. Metade das preocupações que as mulheres têm no metrô é que alguém se sinta no direito de sair nos chamando de vaca só porque não queremos ser incomodadas. Não seja esse alguém.
    Ah, e por favor, não se aproxime de nós quando estamos lendo ou ouvindo música. Essas são coisas que fazemos para não sermos incomodadas. Metade das vezes os fones de ouvido que estamos usando não estão nem ligados.
    Ela é garçonete em um restaurante
    Eu trabalhei como garçonete em um restaurante por muitos anos e vi minhas colegas serem abordadas de várias formas diferentes, e alguns métodos sendo muito mais bem sucedidos do que outros. Se você acha que está realmente fazendo sucesso com a garçonete que te atende, pare e lembre-se que ela talvez não esteja tão na sua, quanto você está na dela. Embora, provavelmente, ela seja uma pessoa adorável na vida real, uma grande parte da renda dela (e de qualquer garçonete) é baseada na capacidade de fazer você e o resto da mesa gostarem dela. Ser legal com você e  fazê-lo sentir-se bem-vindo é o seu trabalho.
    Mas talvez você ache que as faíscas estão lá de qualquer maneira. Talvez ela tenha piscado com força, lambido os lábios como eu disse antes (a sério, as mulheres fazem isso o tempo todo). Se for esse o caso, e você quer convidá-la pra sair, vá em frente, mas faça isso apenas depois que a conta foi paga e ela já tiver recebido a gorjeta. É uma merda fazer uma mulher  sentir que sua renda será determinada com base no fato dela querer ou não sair com alguém — mesmo se você esteja fazendo isso involuntariamente. Resolvendo isso antes, você dá a ela a chance de responder sinceramente. Se ela disser não, não leve para o lado pessoal. Como é sempre o caso com estranhos, você não sabe nada sobre sua vida. Ela poder ter um namorado, ela poder ser lésbica, ela pode simplesmente não estar interessada. Então, erga a cabeça, aja com respeito e siga em frente.
    Se você está sentado ao lado dela em um avião
    Não. Deixe-a em paz. A menos que nós estejamos no 777 da Rihanna ou a sua voz guarde o segredo do emagrecimento rápido, nós não queremos falar com você.
    É claro que existem exceções para todos estes conselhos. Talvez seus avós se conheceram quando o seu avô apertou o  seio da sua avó no meio da avenida da cidade. Talvez um de seus amigos conheceu a namorada quando ele a parou para perguntar o que ela estava lendo. Essas coisas podem acontecer. Além disso, pessoas diferentes gostam de coisas diferentes. Seguindo toda essa lista ainda pode acontecer que você ofenda alguém — porque todo mundo tem seus problemas.
    Além disso, e eu sei que isso vai contra tudo o que a frenologia diz, mas as mulheres não são idiotas. Na verdade, muitas de nós são realmente muito boas em ler as pessoas. Se as mulheres sempre te respondem como se você fosse esquisito e assustador, então as chances são de que você está agindo como um sujeito esquisito e assustador. O problema é você. Por outro lado, se você fizer um esforço para ser educado, respeitar o nosso espaço e reconhecer que não te devemos nada (porque, oi, não devemos mesmo), então vamos entender assim também. Isso significa que nós vamos com certeza sair com você? Não, mas com certeza aumenta suas chances e isso faz de você muito menos idiota.
    Muito longo? Nem leu? Seja educado e respeito o espaço dos outros. Fim.
    ________
    Nota da tradutora
    Não endosso tudo deste texto. Há algumas ideias que parecem bem radicais. Por exemplo, me parece perfeitamente educado se desculpar por interromper e perguntar o que uma pessoa está lendo — contanto que se esteja atento à possível falta de vontade de interagir da moça — e concordo com a autora, é fácil ver quando alguém não quer conversar. Mesma coisa com os aviões — acho que depende da sensibilidade de não insistir para não constranger.
    Mas a ideia principal está clara: nós mulheres, mesmo as mais lindas e irresistíveis, temos o direito a não interagir, e se um cara pretende ser bacana e interessante para as mulheres de maneira geral, não é enchendo o saco de uma especificamente que ele vai conseguir isso. Se esta não estiver interessada, seja educado e aceite o fora sem constrangê-la. E se você for educado, pode ter certeza: desejamos muita boa sorte com as próximas. Sabe como é, algumas feministas são heterossexuais e até dão bola pra rapazes que as paqueram por aí. ;)