Apresentação

O grupo de gênero se insere na discussão do poder de uma sociedade machista e ter um marco emancipatório para a participação política das mulheres, tendo-as como sujeito. Debatendo o cotidiano, as relações familiares e/ou privadas, às relações institucionais da economia, da política e da cultura e suas dimensões objetivas e subjetivas simultaneamente. Este GT reúne os pontos de cultura que atuam na perspectiva da emancipação feminina, na luta contra a opressão e a violência contra as mulheres e pela afirmação da igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres.

domingo, 18 de setembro de 2011

Violência doméstica: Quando o agressor vive dentro de casa


Bruna Sensêve
bruna.senseve@jornaldebrasilia.com.br

Cerca de 40% dos atendimentos realizados nos Núcleos de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd) são de homens e todos eles, agressores. Do total de 2.948 pessoas que buscaram os nove núcleos do DF até julho deste ano, 1.015 homens o fizeram, em sua maioria, por encaminhamento judicial devido a agressões dentro do lar.

O autor da agressão à mulher não tem um perfil definido. Está em todas as classes sociais e, principalmente, dentro do próprio lar da vítima. Uma coisa, no entanto, é comum a todos eles: a sensação de poder sobre a companheira ou o membro da família agredido.

“Um ponto importante e em comum entre eles é a rigidez no papel do homem e da mulher na sociedade. Essa definição machista do que é masculino e feminino é comum na construção social da identidade de homens e mulheres, e gera uma expectativa forte em relação ao outro. Isso faz com que, muitas vezes, ele justifique a violência porque a vítima deixou de cumprir seu papel, não cuidou do filhos ou da casa” , detalha o psicólogo Luiz Henrique Aguiar, coordenador chefe dos Nafavd.

Justificativa
Uma dinâmica muito comum é a justificativa da violência por esse companheiro, com base nessas expectativas. Além disso, ele tende a estar sempre minimizando a violência ou mesmo negando a própria agressividade. O trabalho de tratamento com esses homens é a flexibilização, desconstrução desses estereótipos e a responsabilização deles quanto a própria violência. No momento seguinte é necessário trabalhar a assertividade e a construção de alternativas à violência para resolver os conflitos. 

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