Apresentação

O grupo de gênero se insere na discussão do poder de uma sociedade machista e ter um marco emancipatório para a participação política das mulheres, tendo-as como sujeito. Debatendo o cotidiano, as relações familiares e/ou privadas, às relações institucionais da economia, da política e da cultura e suas dimensões objetivas e subjetivas simultaneamente. Este GT reúne os pontos de cultura que atuam na perspectiva da emancipação feminina, na luta contra a opressão e a violência contra as mulheres e pela afirmação da igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Um projeto de cultura para o país por Marta Porto, quarta, 7 de setembro de 2011 às 11:59

Queridos amigos que comentaram aqui, enviaram mensagens, emails, telefonemas, só tem sentido estar a frente de um cargo público se há espaço e confiança para desenvolvermos um projeto de verdade, com as redes da cultura, mas também dos direitos humanos, da infância, da juventude, daquelas que ampliam nosso processo democrático. A equipe que se juntou na SCC veio de vários pontos do Brasil, com histórias e compromissos politicos históricos com a cultura e as políticas culturais, Cesar Piva, Marcelo Marcelo Simon Manzatti, Paula Gamper, Renata Monteiro de Souza, Pedro Domingues Monteiro Jr, Elaine Rodrigues Santos, Clara Cecchini Do Prado, e trabalhamos 14, 15 horas por dia nesses últimos meses. Para organizar uma Secretaria complexa, dar respostas, e em especial elaborar um projeto de Direitos e Cidadania Cultural, onde o acesso a cultura, as trocas culturais, a conquista das causas que marcam o nosso tempo - Meio Ambiente, Direitos Humanos - fosse uma marca de um trabalho renovador para a cultura, em prol do chamado da Presidenta Dilma: "contribuir para a alma da democracia brasileira". Projeto iniciado na década de 80 pela Prof. Marilena Chauí e que teve no Partido dos Trabalhadores seu mais ardoroso defensor. Estivemos nesse momento e depois mais adiante para contribuir, alguns como eu em cargos públicos, na época como diretora de planejamento da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, na Gestão Patrus Ananias. Hoje, tínhamos a certeza que poderíamos renovar esses compromissos a luz do espírito que marca o nosso tempo e a isso nos dedicamos dia e noite. Aprofundar a experiência do Cultura Viva, um legado inegável para a política cultural brasileira, mobilizar os jovens com suas formas de participação social distintas da nossa geração, pensando as redes, a cultura digital; mobilizar a sociedade e os atores culturais para uma reflexão sobre os valores de cidadania e nosso passivo com os direitos humanos e a justiça social. Colocar ricos, pobres, mestres da cultura popular, artistas consagrados em processo de trocas e de mobilidades simbólicas, através de nossos caminhos da diversidade, um grande projeto nacional de identidade e circulação da nossa diversidade criadora, que vem dos indigenas, das favelas, dos ribeirinhos, das mulheres, mas também das festas populares, das redes conectadas, das artes urbanas e de rua. Fizemos pouco, mas nos dedicamos e acumulamos um legado de reflexões e programas prontos para serem debatidos por todos nós. Estávamos iniciando essa agenda de trazer para a sociedade nossas propostas, na Política para a Juventude, parceria inédita com o Minstério da Saúde. do Desenvolvimento Agrário, Fundação Palmares e Secretaria Nacional de Juventude; da Politica para a Infância que reuniu em dois meses, em três encontros históricos, pensadores, artistas, fazedores e que iria conectar nossos pontinhos de cultura com creches, escolas e redes governamentais além de propor formas para que cada Prefeitura desse país pudesse promover uma política sólida de cultura para as nossas crianças, monitorada pelo Unicef. Um programa de acesso a cultura pensado em conjunto com a equipe do economista Ricardo Paes e Barros, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, onde estava em elaboração 5 mapas para desenvolver uma plataforma metodológica indicativa de como compreender e propor as condições de acesso a cultura, em especial em situações de vulnerabilidade. Preparávamos dois grandes Protocolos, um de Acessibilidade, dedicado a pessoas com deficiência, e outro de Atendimento Cultural em Situações de Tragédia e Emergência como as que vivemos na Serra Fluminense há tão pouco tempo e que deixou familias e famílias em abrigos e ginásios.
Mas um projeto desses precisa de liderança, de priorização. Não pode ser interditado, mal compreendido. Temos compromisso e história e se podemos avançar vamos felizes, se não, não há cargo que nos mantenha no lugar. Hasta luego e sempre pronto. beijos em todos.

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